sábado, 9 de fevereiro de 2008

Bizarrices nossas de todo dia

Apesar do preconceito que existe contra a minha classe, eu me considero uma profissional. E como tal, não devo ter com meus clientes os preconceitos que eu teria na minha vida particular. Afinal, estou sendo paga (e muito bem paga!) para realizar todos os desejos do homem (ou da mulher) na minha frente.

Mas, em alguns anos de trabalho eu sou obrigada a admitir que coleciono uma quantidade considerável de fatos bizarros. Como por exemplo, o cliente da casa onde trabalho. Sempre no mesmo dia, mesmo horário, mesma roupa, mesma profissional (alguns gostam de variar), e o mesmo ritual. Sexo oral e depois uma ligação. Para a recepção. Pedir um mamão (juro que não era pra rimar!). A fruta deve ser cortada de um jeito específico. Apenas o bico da fruta, só pra tirar os caroços... Depois, o mamão vai para o microondas. 30 segundos para aquecer. A essa altura, enquanto o mamão esquenta, eu esfrio. Mas tudo bem, não sou eu que serei usada. Aliás, serei. Enquanto folheio uma revista, sirvo de mero suporte para o mamão.

Outro gostava de pés. Não para ver, beijar, acariciar ou qualquer outra coisa que você imagine fazer com os pés. Ele gostava mais do espaço entre os dedos. Graças a Deus ele não era avantajado e eu tenho grande flexibilidade nos dedos dos pés.

Outro ainda, só tinha relações se estivesse completamente vestido. Com o corpo que ele tinha, eu agradeço todos os dias as esquisitices alheias. Mais um, tinha mania de ficar todo despido, só usava meias. Nos pés, e... lá...

E ainda tinha um que gostava de imaginar mais uma mulher na cama. Só imaginar. Ele devia ficar com medo de falhar caso concretizasse a mais antiga fantasia masculina.

Terrível.

Um brinde às esquisitices alheias e o dinheiro extra que eu recebo por elas!

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