sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Tome conta do seu poder

O meu nome verdadeiro não interessa. O que interessa é o interessante motivo pelo qual escolhi esse nome de guerra.

Janis Jones são o nome e o sobrenome de duas heroínas para mim. Uma está morta e a outra é ficcional. Talvez exatamente por isso é que sejam heroínas. A primeira é Janis Joplin, viciada e genial, como eu. A segunda é Bridget Jones, que vive enrolada, briga com a balança e come cigarros.


Sim, eu leio best-sellers de mulherzinha, e daí? Pelo menos, eu leio.

Sou filha da classe média e aos dezoito anos, eu tinha de decidir que carreira seguir. Resolvi seguir uma carreira só, de pó branco, arrumar as malas e sair pedindo carona pelas rodovias. Meus pais se recusaram a financiar tal projeto, o que me levou a aceitar caronas e comida de caminhoneiros solitários em troca de algumas horas de prazer com meu corpitcho branco e rechonchudo. Meu rosto angelical e meus cabelos sedosos eram muito atraentes para aqueles pobres miseráveis que nunca tinham visto uma mulher mais ou menos de perto na vida. Pra falar a verdade, acredito que minhas gorduras lhes lembrassem de suas mães. Os homens são e serão eternamente controlados por nós enquanto se excitarem visualmente olhando nossos atributos e, principalmente, enquanto lhes lembrarmos suas mães.

Com o passar dos anos, fui aprendendo os macetes: as preocupações das mulheres não são as mesmas que as dos homens. Não se preocupe com celulite, estrias e nem em vestir roupas da última moda. Preocupe-se, sim, em não estar muito gorda nem muito magra, nunca descabelada, enfim, sempre apresentável, mas sem precisar parecer deslumbrante. Preocupe-se, sim, em demonstrar toda a confiança do mundo e nunca precisar dos sentimentos deles, só do dinheiro. Eles serão capazes de se endividar e sacrificar casamento e filhos por sua causa. E você nunca mais vai precisar mendigar carona de caminhoneiros nojentos.

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